Na Fieg, empresários conhecem oportunidades de negócios com a Itália

País europeu é opção para quem busca expandir negócios na Europa, sobretudo em áreas estratégicas, como transição energética, infraestrutura, pesquisa e inovação. São estimados investimentos na casa dos 248 bilhões de euros até 2027

“A Itália não é somente pizza, assim como o Brasil não é só praia. Precisamos sair dessa superficialidade e conhecer melhor os dois países para aprofundar negócios.” A afirmação do diretor da Promo Brasile Italia, Ivan Aliberti, resumiu a tônica que permeou a realização do Seminário de Oportunidades: Internacionalização de Empresas Goianas na Itália. O evento, organizado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fieg, contou com participação do vice-presidente do Conselho Temático de Comércio Exterior (CTComex) da Fieg, Everaldo Fiatkoski; do representante do Comites, Pasquale Perrini; e do diretor da Ventana Serra do Brasil, Vicenzo Piazza. O presidente da Promo Brasile Italia, Giacomo Guarnera, participou de forma remota, diretamente de Milão, na Itália.

País europeu é opção para quem busca expandir negócios na Europa, sobretudo em áreas estratégicas, como transição energética, infraestrutura, pesquisa e inovação. São estimados investimentos na casa dos 248 bilhões de euros até 2027

No seminário, foram apresentados dados atuais da economia italiana e detalhes do Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (PNRR), programa da União Europeia implementado após a pandemia de Covid-19 para revitalização econômica dos países que compõem o bloco. A Itália é a principal beneficiária dos recursos, concentrando 25% do montante de 800 bilhões de euros. São consideradas áreas estratégicas aos investimentos setores que promovam uma Europa mais verde, mais digital e mais resiliente.

“A Itália foi a maior beneficiária de recursos do PNRR, com valor total podendo atingir a cifra dos 248 bilhões de euros. Depois do Plano Marshall, na 2ª Guerra Mundial, esse foi o maior plano destinado à reconstrução da economia europeia”, explicou Giacomo Guarnera.

Nesse sentido, foram estabelecidos como pilares a transição ecológica, transformação digital, crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, coesão social e territorial, saúde e resiliência econômica, social e institucional, e políticas para as novas gerações, crianças e jovens.

De acordo com Ivan Aliberti, a Itália está cada vez mais aberta aos produtos brasileiros, sobretudo em setores que exploram essa sinergia nas áreas estabelecidas como estratégicas. O diretor da Promo Brasile Italia citou oportunidades nos segmentos de cosméticos, medicamentos, construção civil e de tecnologia e inovação, principalmente voltada ao agronegócio.

“Buscamos, cada vez mais, aproximar os brasileiros da Itália de hoje. O país pode ser uma eficiente porta de entrada na Europa, tanto para negócios quanto para domicílio fiscal. O atual momento da economia italiana tem despertado o interesse internacional e o Brasil desponta como parceiro estratégico na América do Sul”, afirmou Aliberti.

Ele destacou ainda que o Brasil possui mais de 30 milhões de descendentes italianos, entretanto essa representatividade não é acompanhada pelo volume de negócios. “Temos um laço cultural tão importante, mas que ainda não se reflete no relacionamento econômico. Temos somente 1.200 empresas italianas com presença no Brasil. Queremos aumentar essa parceria.”

Fonte: FIEG

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